Arte educação

"Espero que este blog contribua para a elaboração de trabalhos com arte, sejam bem vindos"

domingo, 30 de janeiro de 2011

Atividade - Samba Enredo e design

1 - Escolha com seus alunos um samba enredo, faça uma leitura interpretativa do samba, de algumas características do tema- (por exemplo; o samba Aquarela do Brasil, que trata das belezas do nosso país- mostrar fotos dos lugares citados no samba, ouvir com os alunos a música, cantar em coro, dar significados de palavras...

2- Pedir que os alunos se reúnam em duplas e criem desenhos para carros alegóricos, fantasias, trajes de baianas, mestre sala e porta bandeira...

3 - pode utilizar diversos materiais como - tintas, lápis de cor, cera, sucata.

4 - Montar exposição - obs; ( alunos podem explicar o que foi feito)

carro alegórico fantasia

traje de baiana Mestre Sala e Porta B.



imagens retiradas dos sites;
g1.globo.com/Noticias/Fotos/vestindoacena.com/downloadpravoce.blogspot.com/2.bp.blogspot.com/

sábado, 22 de janeiro de 2011

Atividade - Máscaras de carnaval - confecção

- Confeccionar com alunos máscaras dos personagens da comedia de arte; como sugestão pode fazer um desfile, um baile com marchinhas de carnaval, uma exposição de máscaras.

Materiais – papel cartão ou cartolina, cola , tesoura, lantejoulas, glitter, tinta colorida...outros







( outros exemplos) educaja.com.br

Carnaval - Leitura de obras/Comedia de arte

Atividade – Baile de Máscaras

1 - Inicio – converse com seus alunos sobre a origem das máscaras de carnaval, dos personagens da comedia de arte ; pierrot, colombina, ...

2 - Mostre obras de arte com esses personagens, faça uma leitura da obras.






3 - Fazer releituras de algumas obras com colagens.

Atividade de carnaval - Comedia dell´arte/História


Commedia dell’arte

Por Professor Lindomar

Surgida entre os séculos XV e XVI, na Itália, país que ainda mantinha viva a cultura do teatro popular da Antiguidade Clássica, a “Commedia dell’arte” vem se opor à “Comédia Erudita”, se afirmando até o século XVII. Também foi chamada de “Commedia All’improviso” e “Commedia a Soggetto”. Suas apresentações eram feitas pelas ruas e praças públicas, ao chegarem a uma cidade pediam permissão para se apresentar, em suas carroças ou praticáveis, pois eram raras as possibilidades de conseguir um espaço cênico adequado. As companhias de commedia dell’arte eram itinerantes e possuíam uma estrutura de esquema familiar, excepcionalmente contratando um profissional. Ela se fundamenta nos seguintes parâmetros: A ação cênica ocorria no improviso dos atores, que passavam a ser os autores dos diálogos apresentados, seguiam apenas um roteiro, que se denominava “canovacci”, possuindo total liberdade de criação; os personagens eram fixos, e muitos atores desta estética de teatro viviam seus papéis até a morte.
Os personagens da commedia dell’arte possuíam duas categorias distintas, que eram os patrões e os criados. Os personagens mais importantes eram: Arlequim, Pantaleão, Capitão, Polichinelo, e a Colombina. O Arlequim possuía habilidades acrobáticas, era um servo astuto e ignorante, um pouco ingênuo, e estava sempre envolvendo as pessoas em confusões. O Pantaleão era um comerciante idoso e mesmo com a idade avançada costumava se apaixonar facilmente, no entanto era avarento. O Capitão era um militar que gostava de festa, fanfarrão, mas com uma enorme insegurança, própria dos covardes. O Polichinelo era um criado simples e gracioso, que gostava de uma boa macarronada. Já a Colombina era uma criada com extrema agilidade, esperta e inteligente, ela costumava tirar proveito de todas as situações. A maioria dos personagens da commedia dell’arte foi incorporada pelo teatro de fantoches.
Não é dado nenhum valor literário para a commedia dell’arte e nem a fonte de origem dessa manifestação artística é determinada, apenas alguns teóricos indicam da possibilidade dela ter surgido da “Fabula Atellana”. A commedia dell’arte influenciou a “comédia Erudita” dos séculos XVI ao século XVIII.
Sua teatralidade extrapola os limites das convenções de sua época, com figurinos coloridos, alegria e espontaneidade nas cenas, e ainda o domínio dos personagens por cada ator e atriz emprestar sua própria vida a arte. A commedia dell’arte esbarra, de forma paradoxal à liberdade de criação, com a limitação de interpretação, pois quando um ator fica especialista em sua personagem, fazendo apenas um determinado papel, se torna repetitivo e “pobre” em relação a maior característica da Arte: a inovação. Mesmo assim, a commedia dell’arte marcou o ator e a atriz como sendo a base do teatro.
No século XVIII a commedia dell’arte entrou em declínio, tornando-se vulgar e licenciosa, então alguns autores tentaram resgatá-la criando textos baseados em situações tradicionais deste estilo de teatro, mas a espontaneidade e a improvisação textual lhe eram peculiaridade central, então a commedia dell’arte não tardou a desaparecer. Um dos autores que muito trabalhou para este resgate foi o dramaturgo italiano Carlo Goldoni (1707-1793).

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Atividades - Máscaras de Carnaval

BAILE DE MÁSCARAS

O baile de máscaras, introduzido pelo papa Paulo II, adquiriu força nos séculos XV e XVI, por influência da Commedia dell'Arte. Eram sucesso na Corte de Carlos VI. Ironicamente, esse rei foi assassinado numa dessas festas fantasiado de urso. As máscaras também eram confeccionadas para as festas religiosas como a Epifania (Dia de Reis). Em Veneza e Florença, no século XVIII, as damas elegantes da nobreza utilizavam-na como instrumento de sedução.

Na França, o carnaval resistiu até mesmo à Revolução Francesa e voltou a renascer com vigor na época do Romantismo, entre 1830 e 1850.
Manifestação artística onde prevalecia a ordem e a elegância, com seus bailes e desfiles alegóricos, o carnaval europeu iria desaparecer aos poucos na Europa, em fins do século XIX e começo do século XX.

Há que se registrar, entretanto, que as tradições momescas ainda mantêm-se vivas em algumas cidades européias, como Nice, Veneza e Munique.

Em outros países da Europa, as comemorações eram animadas por canções que ironizavam os governantes locais. Em cidades italianas como Nápoles, as pessoas acompanhavam grandes cortejos dançando e bebendo. Em Portugal – de onde veio para o Brasil – o Carnaval era sinônimo de Entrudo.


Os Bailes de Máscaras, também chamados de Bailes à Fantasia ou Bals Masqués foram os eventos precursores do carnaval moderno no Brasil.
Importados pela elite carioca, na primeira metade do século XIX, para fazerem frente ao conjunto de brincadeiras conhecido como Entrudo, os bailes marcaram a adesão da nova burguesia capitalista à folia e a incorporação ao carnaval brasileiro do luxo e sofisticação característicos das festas de Paris.
Uma das figuras mais marcantes da festa é a do Rei Momo, inspirada nos bufos, atores portugueses que costumavam representar comédias teatrais para divertir os nobres. Há também o Zé Pereira, tocador de bumbo que apareceu em 1846 e revolucionou o carnaval carioca. Tem origem portuguesa e, tendo sido esquecido no começo do século XX, deixou como sucessores os ritmistas que acompanhavam os blocos dos sujos tocando cuíca, pandeiro, reco-reco e outros instrumentos.
As máscaras e fantasias começaram a ser difundidas aqui ainda na primeira metade do século XIX. O primeiro baile de máscaras do Brasil foi realizado pelo Hotel Itália, no Largo do Rocio, RJ. A idéia logo virou um hábito e contagiou a cidade. Mas, apesar de ser uma maneira sadia e alegre de se brincar o carnaval, contribuiu para marcar as já gritantes diferenças sociais que aqui sempre existiram. O carnaval dos salões veio para agradar a elite e a classe emergente do país, o povo ficava do lado de fora, nas festas de rua ao ar livre. E mesmo com o grande sucesso dos bailes de salão, foi na esfera popular que o carnaval adquiriu formas genuinamente autênticas e brasileiras.
Um dos itens mais importantes do carnaval brasileiro também obedece à evolução histórica. Na falta de um gênero próprio de música carnavalesca, inicialmente as brincadeiras eram acompanhadas pela Polca. Depois o ritmo passou a ser ditado pelas quadrilhas, valsas, tangos, charleston e maxixe, sempre em versão instrumental. Somente em 1880 as versões cantadas - entoadas por coros - invadiram os bailes. A primeira música feita exclusivamente para o carnaval foi uma marchinha, "Ó abre alas", composta para o cordão Rosa de Ouro pela maestrina Chiquinha Gonzaga em 1899 e inspirada pela cadência rítmica dos ranchos e cordões. Desde então este gênero, que rapidamente caiu no gosto popular, passou a animar os carnavais cariocas. Elas sobreviveram por um longo tempo, mas foram substituídas pelo samba, que na década de 60 passou a ocupar definitivamente o lugar das velhas marchinhas populares de carnaval nas rádios, nas gravadoras de discos e na recente televisão.
Principais figuras carnavalescas

Colombina - Como Pierrô e Arlequim, é um personagem da Comédia Italiana, uma companhia de atores que se instalou na França entre os séculos XVI e XVIII para difundir a Commedia dell'Arte, forma teatral original com tipos regionais e textos improvisados. Colombina era uma criada de quarto esperta, sedutora e volúvel, amante do Arlequim, às vezes vestia-se como arlequineta, em trajes de cores variadas, como os de seu amante.

Arlequim - Rival de Pierrô pelo amor de Colombina, usava traje feito a partir de retalhos triangulares de várias cores. Representa o palhaço, o farsante, o cômico.

Pierrô - Personagem sentimental, tem como uma de suas principais características a ingenuidade.

Momo - Personagem que personifica o carnaval brasileiro. Sua figura foi inspirada no bufo, ator de proveniência portuguesa que representava pequenas comédias teatrais que tanto divertiam os nobres.


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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Samba Enredo - Kizomba, Festa da Raça

Kizomba, Festa da Raça – Vila Izabel
(campeã do carnaval de 1988)
Martinho da Vila
Composição: Rodolpho / Jonas / Luís Carlos da Vila



Valeu ZUMBI

Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.


O grito forte dos Palmares
Que correu terras céus e mares
Influenciando a Abolição
Zumbi valeu
Hoje a Vila é KIZOMBA

Kizomba – expressão Kimbundo que significa festa - significa festa do povo, tendo o nome origem nas danças dos negros que resistiram à escravidão. Era congregação, confraternização, resistência. Um chamado à luta por liberdade e por justiça. Kizomba era festa e resistência cultural de um povo. Era a exaltação da vida e da liberdade.
kizomba consiste num instrumento musical que dá o nome a um tipo de dança da África lusófona, mas especialmente de Angola.

Kizomba é um gênero musical e de dança originário de Angola. Trata-se de uma fusão do semba com o zouk. Em Portugal a palavra "kizomba" é usada para qualquer tipo de música derivada do zouk, mesmo que não seja de origem angolana.

É BATUQUE, canto e dança

Batuque (dança)
Dança de conjunto originário, segundo alguns pesquisadores, de Angola e do Congo (África). Com variantes, pode ser realizada em roda, da qual participam não apenas os dançarinos, mas também os músicos e os espectadores, tendo no centro um dançarino solista ou um ou mais pares que se incumbem da coreografia. Consiste em forte marcação por movimento dos quadris, sapateados, palmas e estalar de dedos, e apresenta como elemento específico a umbigada - que o dançarino ou dançarinos solistas dão nos figurantes da roda escolhidos para substituí-los. Em São Paulo, pelo menos na região de Tietê e Piracicaba, onde é também chamado de samba, o batuque é dança de terreiro, e sua coreografia é em fileiras opostas, com a presença do modista e do carreirista. A palavra deixou de designar uma dança particular, tornando-se, como o samba, nome genérico de determinadas coreografias ou danças apoiadas em forte instrumental de percussão. Na Bahia é também outra denominação do batuque-boi. Os instrumentos musicais são todos de percussão: tambu, quinjengue, matraca e guaiá ou chocalho. A música compreende as "modinhas" e as "carreiras".


JONGO E MARACATU

JONGO
De origem africana, possivelmente de procedência angolana, é dança de terreiro, da qual participam pessoas de todas as idades e de ambos os sexos. Classificada por Édison Carneiro como uma das formas atuais do batuque, muito se assemelha ao caxambu no ritmo e na coreografia: os participantes, dispostos em círculo, batem palmas e improvisam evoluções que incluem movimentos de tronco. No interior da roda fica o solista ou jongueiro, indivíduo que se revela grande conhecedor de pontos. Nas letras dos pontos reside toda a dificuldade do jongo: espécie de enigma versificado, que emprega figuras de metáfora difíceis de serem decifradas e que o adversário precisa adivinhar para "desatar" ou "desamarrar" o ponto. Os instrumentos usados para acompanhar o Jongo são dois tambores de tamanhos diferentes: tambu, o maior, e candongueiro, o menor. Tal como o caxambu, a apresentação do Jongo não obedece a um calendário fixo. É dançado sempre no dia 13 de maio, festejando o fim do cativeiro e São Benedito, durante o mês de junho e nos dias dos santos padroeiros locais. No Estado do Rio de Janeiro foi dança muito difundida, sendo sua ocorrência observada principalmente na área canavieira exercendo função recreativa para os nossos habitantes do meio rural. Atualmente, há registro de grupos de Jongo nos municípios de Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Pinheiral,Rio de Janeiro, Rio Claro e Valença.

Maracatu

Há controvérsias sobre a origem do Maracatu. Alguns acreditam que ele foi trazido em sua essência pelos Portugueses em meados de 1700 e era manifestado em Recife através de danças com aspectos teatrais, nas cerimônias e festividades promovidas pela corte. Era realizada com o acompanhamento de instrumentos de percussão e seus dançarinos vestiam-se como personagens da Realeza composta por um porta-estandarte, rei, rainha, damas do paço, duque, duquesa, príncipes, princesas, caboclos de penas, meninos lanceiros e baiana incluindo-se a presença de bonecos chamados de “Calungas”, que representavam um agrado para as entidades religiosas. No caso das igrejas católicas, estes bonecos representavam uma homenagem à Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Ifigênia, Santo Elesbão e Gaspar. Caso a festa fosse realizada em um terreiro, a homenagem era feita aos orixás. O Maracatu era utilizado para homenagear a coroação do rei e nas festas


Vem menininha pra dançar o CAXAMBU

CAXAMBU
Dança de terreiro, de origem africana, integra o conjunto das formas de Samba no Brasil, segundo classificação de Édison Carneiro, e é encontrada nas regiões cafeeiras do Estado do Rio de Janeiro. Os participantes podem ser homens ou mulheres que se colocam em roda, sem formação de pares. No centro fica o solista que, improvisando saltos, volteios, passos miúdos e balanceios, puxa a cantoria denominada ponto. O canto é iniciado com pedidos de licença aos parentes mais velhos, presentes e ausentes, aos velhos e famosos caxambuzeiros, santos, autoridades, povo em geral. As letras são tradicionais, entremeadas de improvisações referentes a acontecimentos ou fatos circunstanciais. À medida que a dança evolui, outros participantes passam a ocupar o centro da roda. Basta para isso que chegue à frente dos instrumentos e coloque a mão ou o cotovelo sobre o couro do tambor maior e inicie um novo ponto. Com isso há troca dos solistas e a dança continua como no início. Os ritmos são rápidos, fortes e vigorosos nas batidas dadas nos principais instrumentos acompanhantes: dois tambores feitos de tronco de árvore e cavados a fogo, denominados tambu ou caxambu, o maior, e candongueiro, o menor. Em alguns grupos, costuma aparecer uma grande cuíca, denominada angoma-puíta. Não há calendário fixo para apresentação da dança, porém é mais freqüente no dia 13 de maio ( dia da Abolição e consagrado a São Benedito), que é uma data especial para todos os grupos. Dança-se também nas festas dos santos padroeiros e no mês de junho, junto às fogueiras que, segundo eles, ajudam a esquentar o couro dos tambores. O caxambu é dança que se confunde com o jongo, havendo mesmo alguns dançadores que não fazem distinção entre eles. Temos registro de caxambu nos seguintes municípios: Cambuci, Cantagalo, Itaocara, Prociúncula, Santo Antônio de Pádua, Trajano de Morais e Vassouras.




Vem menininha pra dançar o Caxambu
Ô ô nega mina
ANASTÁCIA não se deixou escravizar


Anastácia por ser muito bonita, terminou sendo, também, sacrificada pela paixão bestial de um dos filhos de um feitor, não sem antes haver resistido bravamente o quanto pôde a tais assédios; depois de ferozmente perseguida e torturada a violência sexual aconteceu.Apesar de toda circunstância adversa, Anastácia não deixou de sustentar a sua costumeira altivez e dignidade, sem jamais permitir que lhe tocassem, o que provocou o ódio dos brancos dominadores, que resolvem castigá-la ainda mais, colocando-lhe no rosto uma máscara de ferro, que só era retirada na hora de se alimentar, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos de sua dolorosa, mas heróica existência.



Ô ô CLEMENTINA

Clementina de Jesus - Nascida no interior do estado do Rio, mudou-se com a família para a capital do estado, radicando-se no bairro de Oswaldo Cruz. Lá acompanhou de perto o surgimento e desenvolvimento da escola de samba Portela, freqüentando desde cedo as rodas de samba da região. Em 1940 casou-se e mudou para a Mangueira. Trabalhou como doméstica por mais de 20 anos, até ser "descoberta" pelo compositor Hermínio Bello de Carvalho em 1963, que a levou para participar do show "Rosa de Ouro", que rodou algumas das capitais mais importantes do Brasil e virou disco pela Odeon, incluindo, entre outros, o jongo "Benguelê". Devota de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, participava de festas das igrejas da Penha e de São Jorge, cantando músicas de romaria. Considerada rainha do partido-alto, com seu timbre de voz inconfundível, foi homenageada por Elton Medeiros com o partido "Clementina, Cadê Você?". Além deste gênero gravou corimás, jongos, cantos de trabalho etc., recuperando a memória da conexão afro-brasileira. Em 1968, com a produção de Hermínio Bello de Carvalho, registrou o histórico LP "Gente da Antiga" ao lado de Pixinguinha e João da Bahiana. Gravou quatro discos solo (dois com o título "Clementina de Jesus", "Clementina, Cadê Você?" e "Marinheiro Só") e fez diversas participações, como nos discos "Rosa de Ouro", "Cantos de Escravos" e "Milagre dos Peixes", de Milton Nascimento, em que interpretou a faixa "Escravos de Jó". Em 1983 foi homenageada por um espetáculo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com a participação de Paulinho da Viola, João Nogueira, Elizeth Cardoso e outros nomes do samba.

O PAGODE é o partido popular

O pagode designa festas, reuniões para se compartilhar amizades, música, comida e bebida. Surge como celebração do samba em meados do século XIX e se consolida no século XX no Rio de Janeiro. Mesmo antes já eram celebradas estas festas em senzalas de escravos negros e quilombos. Com a abolição da escravatura e fixação dos negros libertos no Rio de Janeiro e que têm uma relação intrínseca com o sincretismo de religiões de origem africana, como o candomblé, a umbanda - o pagode se consolida com a necessidade de compartilhar e construir identidade de um povo recém liberto, e que precisa dar outra função ao corpo que até então é somente instrumento de trabalho. Por isso a relação estreita entre música e dança na cultura de origem africana, além do fato de ter a sincopa como principal característica da construção técnica-musical, derivada da percussão marcadora do ritmo.
Antigamente, pagode era considerado como festa de escravos nas senzalas. No final da década de 1970, no Rio de Janeiro o termo passou a ser associado a festas em casas e quadras dos subúrbios cariocas, nos calçadões de bares do Centro do Rio e da periferia, regadas a bebida e com muito samba. A palavra pagode no sentido corrente surgiu de festas em favelas e nos fundos de quintais cariocas que falavam sobre sentimentos (alegrias e tristezas) das pessoas que lá moravam


Sarcedote ergue a taça
Convocando toda a massa
Nesse evento que com graça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção
Esta Kizomba é nossa constituição ( 1988 – Ano da constituição)
Esta Kizomba é nossa constituição
Que magia
Reza AGEUM e ORIXÁ

A palavra é de origem africana. Utilizada em cultos religiosos e pelos membros da religião quando a refeição é muito boa.
Ageum: utilizado como forma de oferecer o alimento a outras pessoas, alimento.
Orixá - Os orixás são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada orixá tem ainda o seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários.


Tem a força da Cultura
Tem a arte e a bravura
E um bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos seus rituais
Vem a Lua de LUANDA

Luanda é a maior cidade e a capital de Angola, sendo também a capital da província homônima. Localizada na costa do Oceano Atlântico, é o principal porto e centro administrativo de Angola. Tem uma população de aproximadamente 4,5 milhões de habitantes (estimativa da ONU em 2004), o que a torna a terceira maior cidade lusófona do mundo, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro.As indústrias presentes na cidade incluem a transformação de produtos agrícolas, produção de bebidas, têxteis, cimento e outros materiais de construção, plásticos, metalurgia, cigarros, e sapatos. O petróleo, extraído nas imediações, é refinado na cidade, embora a refinaria tenha sido várias vezes danificada durante a guerra civil que assolou o país entre 1975 e 2002. Luanda possui um excelente porto natural, sendo as principais exportações o café, algodão, açúcar, diamantes, ferro e sal.Os habitantes de Luanda são na sua grande maioria membros de grupos étnicos africanos, incluindo mbundos, ovimbundos e bacongos. Existe uma pequena minoria de origem européia, constituída principalmente por portugueses. A língua oficial e mais falada é o português, sendo também faladas várias línguas do grupo bantu, principalmente o kimbundo.

Para iluminar a rua
Nossa sede é nossa sede
De que o APARTHEID se destrua

Apartheid (significa "vidas separadas" em africano) era um regime segregacionista que negava aos negros da África do Sul os direitos sociais, econômicos e políticos. Embora a segregação existisse na África do Sul desde o século 17, quando a região foi colonizada por ingleses e holandeses, o termo passou a ser usado legalmente em 1948. No regime do apartheid o governo era controlado pelos brancos de origem européia (holandeses e ingleses), que criavam leis e governavam apenas para os interesses dos brancos. Aos negros eram impostas várias leis, regras e sistemas de controles sociais.
Entre as principais leis do apartheid, podemos citar:
- Proibição de casamentos entre brancos e negros - 1949.
- Obrigação de declaração de registro de cor para todos sul-africanos (branco, negro ou mestiço) - 1950.
- Proibição de circulação de negros em determinadas áreas das cidades - 1950
- Determinação e criação dos bantustões (bairros só para negros) - 1951
- Proibição de negros no uso de determinadas instalações públicas (bebedouros, banheiros públicos) - 1953
- Criação de um sistema diferenciado de educação para as crianças dos bantustões - 1953

Este sistema vigorou até o ano de 1990, quando o presidente sul-africano tomou várias medidas e colocou fim ao apartheid. Entre estas medidas estava a libertação de Nelson Mandela, preso desde 1964 por lutar com o regime de segregação. Em 1994, Mandela assumiu a presidência da África do Sul, tornando-se o primeiro presidente negro do país.

Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa sede é nossa sede
De que o Apartheid se destrua
Valeu
Valeu Zumbi




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Escola de Samba - Vila Isabel

GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DE VILA ISABEL
Fundação:
4 de abril de 1946
Presidente:
Wilson Vieira Alves
Quadra:
Avenida Boulevard Vinte e Oito de Setembro, nº 382 - Vila Isabel
Fábrica de Carnaval - Cidade do Samba:
Rua Rivadávia Correia, 60 - Barracão 5 - Gamboa - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20220-290
Componentes para desfile
3.600 foliões
Carnavalesco:
Alex de Souza
Intérprete:
Tinga
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Julinho e Rute
Mestre de Bateria:
Mestre Àtila
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Isabel foi fundado no dia 04 de abril de 1946, por Antonio Fernandes da Silveira, popularmente conhecido como "Seu" China.
A ideia de criar a Escola surgiu, no Domingo de carnaval, quando "Seu" China conversando com um grupo de amigos em um bar situado na Praça Sete teve a sua atenção despertada para o lado do Bloco Acadêmicos da Vila, que por ali passava, com os seus componentes fantasiados e isolados por uma corda, parecendo uma pequena Escola de Samba. Essa imagem despertou em “Seu” China o desejo de fundar uma Escola de Samba.
Os componentes vieram de blocos da região, como o Acadêmicos da Vila, o Dono Maria Tataia e o do Morro dos Macacos. A Unidos de Vila Isabel repetiu as cores da Escola de Samba Azul e Branco, da qual “Seu” China fizera parte. Os primeiros ensaios aconteceram no quintal de sua própria moradia na rua Senador Nabuco. Também foi ele o primeiro presidente da Escola. Dentre os fundadores figuravam: Antônio Fernandes da Silveira, Ailton Cleber, Antonio Rodrigues (Tuninho carpinteiro), Ari Barbosa, Cesso da Silva, Joaquim José Rodrigues (Quinzinho), Osmar Mariano, Paulo Gomes de Aquino (Paulo Brazão) e Servan Heitor de Carvalho.
Em seu primeiro desfile, no ano de 1947, a Escola desfilou com o enredo De Escrava à Rainha, tendo apenas cem componentes: 27 ritmistas, 13 baianas e mais 50 pessoas, sendo, algumas delas, da diretoria.
Em 1956, com o enredo Três Épocas, foi vice-campeã, subindo para o primeiro grupo. A Escola foi campeã pela primeira vez em 1960, no Grupo 3, com o samba Poeta dos Escravos, de Geraldo Babão.
Inicialmente, integravam o Grupo de Compositores Paulo Brazão, Tião Graúna, Severo Gomes de Aquino (irmão de Paulo Brazão, conhecido nas rodas de samba como Birica), Rosário, Zezé Fonfon, Simplício, Rodolfo de Souza e Djalma Fernandes da Silveira.
Acompanhando o crescimento da Escola, surgiu a Ala dos Compositores, integrada por Martinho da Vila, Ailton Rocha, Paulinho da Vila, Gemeu, Jonas Rodrigues, Jarbas Fernandes da Silveira, Ciro Baiano, Mariano Luz, Zé Branco, Irany (Olho Verde), Hilton Alfinito (Guadalupe), Aluisio Machado, Arroz e David da Vila.
Em 1967, com o enredo Carnaval de Ilusões, a Unidos de Vila Isabel introduziu a variação de cores nas fantasias, proporcionando um espetáculo visual de bom gosto, sem fugir das cores básicas da Agremiação.

Antonio Fernandes da Silveira "Seu" China, faleceu em 1976, com 76 anos de idade.
Três anos depois, 1979, a Vila Isabel seria campeã com o enredo Os Dourados Anos de Carlos Machado, no Grupo 1B. No ano seguinte, ficou em 2º lugar no grupo 1-A, com o enredo Sonho de um Sonho.

Mas, foi em 1983, que o então presidente Ailton Guimarães Jorge (Capitão Guimarães, um dos fundadores e, por diversas vezes presidente da LIESA- Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro-, idealizador das grandes transformações do carnaval carioca elevando o mesmo ao maior espetáculo da terra e também idealizador da Cidade do Samba), com o apoio dos diretores Hélio Mota, Wagner Tavares Araújo e Jorge Perlingeiro, iniciou um processo de reestruturação, culminando com o enredo Raízes, de 1987, contemplado com grande número de Estandartes de Ouro, fato que colocou a Vila Isabel na elite do Grupo especial, além de ter sido aclamada campeã moral.
Em 1988, a Unidos de Vila Isabel foi, pela primeira vez, campeã do Grupo Especial com o enredo Kizomba, Festa da Raça. Um desfile memorável e saudado até os dias de hoje.
Dezoito anos após o seu primeiro campeonato, no carnaval de 2006, na primeira gestão do presidente Wilson Vieira Alves, mais conhecido como Moisés, a Unidos de Vila Isabel conseguiu o seu segundo campeonato. O enredo "Soy Loco por ti, América": a vila canta a latinidade, do historiador Alex Varela e do carnavalesco Alexandre Louzada, foi um grande sucesso na Marquês de Sapucaí, contagiando a todos.

fonte - G.R.E.S Unidos de Vila isabel

Escolas de samba

As escolas de samba nasceram entre as décadas de 20 e 30 e se formaram com base nos Ranchos Carnavalescos, mas logo tomaram identidades próprias. As escolas de samba antigamente eram primitivas e rígidas e ao longo do tempo se tornaram flexíveis dando oportunidades para jovens e crianças.

A escola de samba tem a tranquilidade de ter entidades que as representam; nesse caso é preciso ter seus estatutos sociais registrados em cartório, possuir uma sede administrativa, quadra para ensaios, uma diretoria constituída, licença de funcionamento na polícia e ser filiada a uma dessas entidades representantes.

As escolas trabalham o ano inteiro para serem julgadas em uma única apresentação. Cerca de cinco mil desfilantes ensaiam nas quadras, sendo eles sambistas, passistas, mestre-sala, porta-bandeira, destaques, alas e também os participantes da orquestra e da bateria. Chegado o grande dia, tudo deve estar em perfeita ordem e harmonia. A apresentação segue uma sequência a seguir:

• A comissão de frente cria uma certa expectativa no público por sua coreografia diferenciada e também em relação ao enredo da agremiação. É formada por no máximo quinze pessoas, podendo ser homens, mulheres e crianças;

• O carro abre-alas é onde tudo começa. É nele que a escola expõe seu símbolo destaque;

• As alas são grupos de mesma fantasia que fica entre as alegorias. Nela está o sambista que até cruzar o fim da avenida se esbalda podendo perder até dois quilos;

• As alegorias e adereços são partes importantes no desfile. Os carros alegóricos contam a maior parte do enredo. Nos chamados queijos, ficam os destaques principais da agremiação;

• Os destaques desfilam isoladamente no chão ou nos carros alegóricos. Usam fantasias representando personagens do enredo;

• A ala das crianças é opcional e é formada em média por duzentas delas;

• O mestre-sala e a porta-bandeira levam o estandarte da escola usando fantasias luxuosas que podem pesar até quarenta quilos;

• A bateria, com cerca de 350 integrantes, é alinhada por instrumentos guiados pelo mestre. Os instrumentos usados são: tamborim, pandeiro, chocalho, reco-reco, tarol, agogô, cuíca, repinique, caixa de guerra e surdos de primeira, segunda e terceira marcação;

• Algumas escolas têm rainhas, princesas e madrinhas de bateria, que são mulheres bonitas escolhidas no meio artístico ou por concursos na comunidade;

• O intérprete oficial é responsável por cantar em média 65 vezes o samba-enredo durante o desfile. É acompanhado por cantores de apoio, mas ele é quem determina o andamento do samba;

• Os passistas são responsáveis por preencher os espaços deixados pelos bateristas. Sambam com muito charme e sensualidade;

• A ala das baianas é composta por senhoras, sendo algumas bem idosas que, apaixonadas por sua escola ,sustentam o peso de quinze quilos em suas fantasias;

• A ala dos compositores é formada pelos poetas da escola que compõem os sambas até que um seja escolhido como oficial.

• A velha guarda encerra o espetáculo e é composta por integrantes que participaram da fundação da escola.

Durante a apresentação das escolas, os juízes julgam:

• A bateria que deve estar perfeitamente entrosada;
• O samba-enredo que deve ter a letra adequada ao enredo e melodia-samba;
• Os cantores e o intérprete que devem estar em harmonia;
• As alas e destaques que também devem permanecer coesos;
• O enredo que deve estar claro durante a apresentação;
• O conjunto do desfile que deve estar uniforme e harmonioso;
• As alegorias e adereços que devem ser criativos e bem feitos;
• As fantasias que devem estar adequadas ao enredo;
• A comissão de frente que deve saudar o público e apresentar o enredo coordenamente;
• O mestre-sala e porta-bandeira que devem estar em perfeito entrosamento e no ritmo do samba.

As principais escolas são: Beija-flor de Nilópolis, Unidos da Tijuca, Mangueira, Viradouro, Imperatriz Leopoldinense, Salgueiro, Portela, Mocidade Independente, Império Serrano, Grande Rio, Unidos do Porto da Pedra, Tradição, Caprichosos de Pilares, Unidos de Vila Isabel, Acadêmicos da Rocinha, São Clemente, Santa Cruz e Estácio de Sá.

fonte - brasilescola.com