Arte educação

"Espero que este blog contribua para a elaboração de trabalhos com arte, sejam bem vindos"

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Contatos com etnia Karajá

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Baú de Histórias - um conto Carajá



Um casal carajá teve duas filhas: Imaeró (Imaherô), a mais velha e Denaque (Denakê), a mais nova. Num anoitecer de céu estrelado, Imaeró viu Taina-can (Tahina-can) brilhar tão bela que não se conteve e disse:

- Pai, é tão bonito aquilo! Eu queria possuí-lo!

O pai riu e disse-lhe que Taina-can estava tão longe que ninguém o poderia alcançar. Contudo acrescentou:

- Só se ele, ouvindo-te, quiser vir.

Alta noite, quando todos dormiam, a moça sentiu que alguém estava ao seu lado. Sobressaltada, indagou:

- Quem és e o que queres de mim?

- Eu sou Taina-can, ouvi que me querias e vim. Casa comigo, sim?

Imaeró acordou os pais e acendeu o fogo. Taina-can era um velho, de cabelos brancos e pele enrugada. Vendo-o à luz da fogueira, Imaeró disse:

- Não te quero para meu marido. Eu quero um moço forte e bonito.

Taina-can ficou muito triste e chorou. Então, Denaque, compadeceu-se dele e procurou consolá-lo dizendo:

- Pai, eu me caso com ele!

E, o casamento realizou-se, com grande alegria do velhinho. Depois de casado, Taina-can disse:

- Vou trabalhar para te sustentar, Denaque. Vou fazer um roçado para plantar coisas boas, que carajá ainda não possui nem conhece.

E foi ao rio Araguaia (Berô-can), dirigiu-lhe a palavra e, entrando nele, ficou com as pernas abertas, de maneira que as águas passavam entre elas. Curvado para a corrente, de vez em quando mergulhava as mãos e apanhava as boas sementes que iam jogando rio abaixo. Assim, as águas deram-lhe um punhado de milho cururuca, feixes de raiz de mandioca, e muito mais. Saindo do rio, ele disse a Denaque:

- Vou derrubar mato para fazer roçado. Porém, não venhas me ver no trabalho, fica em casa, cuidando da comida.

Taina-can foi, mas demorou tanto que, preocupada, Denaque resolveu desobedecer às recomendações e foi, de mansinho, procurá-lo. Ah! Que surpresa! Quem estava ali a trabalhar era um belo moço, alto, cheio de força e de vida, que tinha no corpo os enfeites e as pinturas que os carajá ainda hoje usam. Denaque não se conteve, louca de alegria correu a abraçá-lo. Depois, o levou consigo para casa, contente por mostrar aos pais como seu esposo era na verdade. Foi então que Imaeró o desejou também e disse a Taina-can:

- Tu és meu marido, pois vieste para mim e não para Denaque.

Mas Taina-can respondeu-lhe:

- Só em Denaque encontrei bastante bondade, para ter pena do pobre velhinho. Agora não te quero, só Denaque é minha!

Imaeró, de despeito e inveja, soltou um grito, caiu no chão e no lugar dela, viu-se um Urutau, pássaro que ainda hoje dá um grito triste e tão forte que parece ser uma ave muito maior. Foi assim que a nação carajá aprendeu com Taina-can a plantar o milho, o ananás, a mandioca e outras coisas boas que antes não conhecia.

contosdeadormecer.wordpress.com

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Licocós - Etnia Karajá

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Licocós - Etnia Karajá
1 - Faça com seus alunos bonequinhos de argila ou biscuit, pinte, crie brincadeiras fora da sala.

2- Conte mitos e lendas do povo Karajá, faça jogos dramáticos em grupos.

Coral Guarani/ Coral de crianças de Araquari-SC

Tu Tu Tu Tupi - Hélio Ziskind



1- Fale sobre a música para seus alunos, sobre as palavras e seus significados, sobre a língua Tupi.

2- Cante em grupo com seus alunos, faça instrumentos de sucata.

Tu Tu Tu Tu
Tu Tupi

Todo mundo tem
um pouco de índio
dentro de si
dentro de si

Todo mundo fala
língua de índio
Tupi Guarani
Tupi Guarani

E o velho cacique já dizia
tem coisas que a gente sabe
e não sabe que sabe

e ô e ô

O índio andou pelo Brasil
deu nome pra tudo que ele viu
Se o índio deu nome, tá dado!
Se o índio falou, tá falado!
Se o índio chacoalhou
tá chacoalhado!
e ô e ô

Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
vamos chacoalhar
vamos chacoalhar
Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
que índio vai falar:

Jabuticaba Caju Maracujá
Pipoca Mandioca Abacaxi
é tudo tupi
tupi guarani

Tamanduá Urubu Jaburu
Jararaca Jibóia
Tatu
Tu Tu Tu
é tudo tupi
tupi guarani

Arara Tucano Araponga Piranha
Perereca Sagüi Jabuti Jacaré
Jacaré Jacaré
quem sabe o que é que é?
- ...aquele que olha de lado...
é ou não é?

Se o índio falou tá falado
se o índio chacoalhou
tá chacoalhado
e ô e ô

Maranhão Maceió
Macapá Marajó
Paraná Paraíba
Pernambuco Piauí
Jundiaí Morumbi Curitiba Parati
É tudo tupi
Butantã Tremembé Tatuapé
Tatuapé Tatuapé
quem sabe o que é que é?
- ...caminho do Tatu...

Tu Tu Tu Tu
Todo mundo tem...


CD - Palavra cantada - Meu pé, meu querido pé

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Marlui Miranda - Kworo Kango/ Araruna

1 - Fale com seus alunos sobre a vida e obra da cantora brasileira, sua relação com a música indígena.

Marlui Miranda nascimento 12/10/1949
Nascida em Fortaleza e criada em Brasília, mudou para o Rio de Janeiro na década de 70 e estudou violão clássico com professores renomados como Turíbio Santos, Paulo Bellinati e outros. Tocou com Egberto Gismonti, Milton Nascimento, Jards Macalé, e em 1979 lançou o disco "Olho d'Água". Compôs trilhas para cinema e teatro e atua também como compositora. Suas músicas já foram gravadas por Ney Matogrosso, Sá & Guarabyra e outros. A partir da década de 70 passou a pesquisar e estudar a música dos índios brasileiros, atividade a que se dedicou por diversos anos. Ganhou bolsa de uma instituição nova-iorquina e realizou um projeto de preservação e recriação da música indígena da Amazônia brasileira. Com esse trabalho atuou como consultora de música indígena em filmes e eventos, gravou discos para o Brasil e para o exterior e produziu espetáculos, como a missa indígena criada a partir de músicas de tribos e apresentada na Catedral da Sé, em São Paulo em 1997 com a participação de orquestra jazz sinfônica e coral. Desde 1996 é integrante do grupo Pau Brasil. Em 1998 participou do disco "O Sol de Oslo" com Gilberto Gil, Bugge Wesseltoft, Trikot Gurtu, Rodolfo Stroeter e Toninho Ferragutti.

2 - Cante em grupo com os alunos, faça divisões de vozes, utilize instrumentos de sucata.



Araruna
(Índios Parakanã do Pará - Adaptação e arranjo: Marlui Miranda)
Araruna anarê ê
Araruna anarê
Araruna anarê
in'y keu'y köwaná
Araruna anarê

Araruna barsare nikãre
Araruna mã dare wüsare
Aeore mã waiá
Mã dare wüsare
Aeore mã waiá

Iwadjuwé Araruna
Iwadjuwe Araruna
Araruna mã waiá
iñi keu'y köwaná
Araruna anare

Mã torí yü tutigü
Mã ürsá perkámen pü
mã tori yü tutigü
mã ürsá perkámen pü
mã tori yü tutigü

Araruna anarê ê
Araruna anarê
Araruna anarê
in'y keu'y köwaná
Araruna anarê

(Araruna, arara azul, voa.
Será que essa arara azul é minha?
É minha ou sua?
Araruna canta agora, araruna vamos trabalhar.
Aeore vai, nós vamos trabalhar,
Aeore vai, Araruna, arara azul, voa.
Será que é minha ou sua arara azul?)


Atividade - Grafismo Asurini

1 – Assista ao vídeo e converse com seus alunos sobre os aspectos sociais, usos e costumes do povo Asurini.


2- Mostre a Apresentação em PowerPoint, e peça para identificarem desenhos de outros bichos.



3 – Peça que desenhem seus grafismos em partes do corpo, por exemplo; mãos, pés, corpo, rosto. (pode sugerir também que desenhem partes do seu próprio corpo e de seus amigos.



























artedelecionar.blogspot.com/

educacaodeinfancia.com/

GRAFISMO - ASURINI

Ritual da imagem - Asurini

Atividade - trançados Baniwa

1 – Assista o vídeo e converse com seus alunos sobre o povo Baniwa, sua localização geográfica, seus aspectos sociais, seus usos e costumes, sua arte na cestaria... Mostre na apresentação em powerpoint os desenhos elaborados por este povo.

2 – Proponha trançados de papel colorido, para enfeitar ( por exemplo capa de caderno/foto)








3- Proponha trançados com EVA nas cores usadas pelo povo Baniwa.




4 – Proponha trançados com imagens de revistas.













imagens retiradas dos sites;

symonynhah.blogspot.com

portaldoprofessor.mec.gov.br/

blig.ig.com.br/educacaoartistica/atividades-motoras/

vivenciandoaarte.blogspot.com

Arte Baniwa

Arte Baniwa

Arte Baniwa

Frida Kahlo - filme/trailer

Frida Kahlo

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sonhos - Kurosawa/ O pomar de pessegueiros





Akira Kurosawa, em japonês 黒澤 , Kurosawa Akira, (Tóquio, 23 de Março de 1910Setagaya, 6 de Setembro de 1998) foi um dos cineastas mais importantes do Japão, e seus filmes influenciam uma grande geração de diretores do mundo todo. Com uma carreira de cinquenta anos, Kurosawa dirigiu 30 filmes. É amplamente considerado como um dos cineastas mais importantes e influentes da história do cinema. Em 1989, foi premiado com o Oscar pelo conjunto de sua obra "pelas realizações cinematográficas que têm inspirado, encantado, enriquecido e entretido o público em todo o mundo e influenciado cineastas de todo o mundo."

www.wikipedia.com



HINAMATSURI (Festival das Bonecas ou Dia das Meninas)

No dia 3 de março meninas de 7 a 13 anos comemoram com suas famílias o HINAMATSURI, ou o “Festival das Bonecas”. A tradição deste festival remonta mais de mil anos, quando os antigos japoneses acreditavam que as bonecas continham espíritos. Atualmente acredita-se que celebrar o “Festival das Bonecas” traz a felicidade para as meninas.

O HINAMATSURI é comemorado em casa. Duas semanas antes do dia 3 de março as famílias montam em casa as Hina Ningyõ – nome que se dá a um sofisticado conjunto de bonecas e objetos em miniatura decorativos. Similar aos presépios montados na época do Natal no ocidente, as bonecas Hina Ningyô são vestidas à moda da corte imperial da Era Heian (794-1185) e representam a sociedade japonesa da época. Os conjuntos mais completos dessas bonecas são montados sobre expositores especiais de 7 degraus decorados com seda vermelha. Em cada prateleira, de cima para baixo, as bonecas são expostas na seguinte ordem:

1) Família Imperial, representados por um príncipe e uma princesa sentados diante de um biombo dourado e lamparinas

2) três Damas da Corte, representando a classe da aristocracia

3) cinco Músicos, representando os artistas e literatos

4) 2 Ministros e oferendas, representando funcionários do governo e religiosos

5) 3 samurais e plantas, representando a classe guerreira e os domínios feudais

6) objetos usados na Corte – miniaturas laqueadas de móveis, baús para quimonos, penteadeira, utensílios para Cerimônia do Chá, caixa de costura.

7) objetos usados fora da Corte, representando as pessoas comuns – miniaturas laqueadas de carroça de boi, palanquim, caixas empilháveis, carroça de flores

No dia 3 de março as meninas recebem presentes com temas femininos, decorações florais e doces, visitam as amiguinhas e usam seus melhores quimonos. Uma refeição tradicional típica de Dia das Meninas é composta por shirozake (saquê branco adocicado) ou chá, hina-arare (biscoitos de arroz doce colorido), hishimochi (doce de massa de arroz em forma de diamante), chirashizushi (sushi em forma de concha) e ushiojiru (caldo salgado de moluscos).

O Hina Matsuri também é conhecido como Momo no Sekku (Festival do Pêssego) ou Sangatsu no Sekku (Festival de Março).

culturapopjaponesa.com/ www.sp.br.emb-japan.go.jp


Flor da Cerejeira - Lendas e Símbolo

O significado da flor da cerejeira (Sakura), considerada a flor-símbolo do Japão provém de lendas e crenças. Sakura é uma modificação do nome sakuya, proveniente da princesa Kono-hana-sakuya-hime, a qual os japoneses veneravam no topo do Monte Fuji. Acredita-se que a princesa tenha caído dos céus sobre uma cerejeira.


Outro aspecto de forte significado do sakura é sua ligação com os samurais. No período feudal, a vida desses guerreiros era comparada à efemeridade da flor de cerejeira, que durava apenas três dias na primavera.


Da mesma forma eram os samurais, sempre dispostos a dar suas vidas em nome de seus mestres. Também conhecida como "flor das flores" no arquipélago, hoje o sakura faz parte da padronagem de quimonos e acessórios decorativos.

www.netcampos.com

O pomar de pessegueiros - 2



Sonhos (1990)

Um filme que investiga, em oito episódios, alguns dos fantasmas do inconsciente humano. Expressa de forma poética as imagens e fantasias que as pessoas constroem dentro de si.
Ele fala ao olhar e ao coração, como um grito de alerta ao homem para não destruir seu planeta. Há as grandes causas pelas quais se tenta apelar: o amor, a natureza, o entendimento entre as pessoas, os riscos da guerra nuclear e a lição e a experiências de quem sabe ver o mundo com o olhar simples de um centenário aldeão.
É através de Sonhos que a preocupação do diretor com a plasticidade pode ser representada.


Pomar de Pessegueiros


Seqüência em que o Imperador japonês e seus súditos começam a dançar para o menino.
Esta seqüência é acompanhada por uma música tradicionalmente japonesa, ao som de sopros bem agudos, em alguns momentos aparece a percussão e há também um instrumento que lembra o som de bambu.
Eles estão dispostos em um morro que parece uma grande escada, uma escada com quatro degraus, esses degraus representam a hierarquia do império japonês, essas pessoas que estão dançando para o menino são os espíritos das árvores de pessegueiro que foram cortadas. Seus trajes são típicos dos grandes impérios japoneses, com aquela maquiagem branca no rosto, roupas suntuosas e muitos acessórios (a roupa e os acessórios estão de acordo com o papel da pessoa nessa hierarquia). O menino de mais ou menos 12 anos que os está vendo a dança está vestindo um kimono azul.
Eles estão dançando para o menino, essa dança representa o florescimento das árvores de pêssego (no caso o último florescimento), seus movimentos são lentos e leves, no ritmo da música.
Em um dado momento começa a chover pétalas da flor de pêssego. Tudo é muito colorido com o predomínio das cores verde, vermelha e branca.
Começa a ser alternado planos das pessoas dançando, com planos das árvores de pessegueiro floridas (flores rosas, mas a árvore não tem folhas). Até que todo o campo onde estão as pessoas é substituído por pessegueiros. A música de fundo muda, passa a ser uma música clássica ocidental, ao som de órgão, num tom bem alegre.
O menino está com uma expressão de admiração perante aquele campo todo florido. Essa cena mostra a alegria do menino em ver o último florescimento dos pessegueiros, e é representada pelo tom da música e pelas cores que compõe a cena.

www.ufscar.br