Arte educação

"Espero que este blog contribua para a elaboração de trabalhos com arte, sejam bem vindos"

quinta-feira, 31 de março de 2011

EXPLORANDO O MUNDO DA MÚSICA - RITMO

quarta-feira, 30 de março de 2011

EXPLORANDO O MUNDO DA MÚSICA - TEXTURA

segunda-feira, 14 de março de 2011

Um minuto no museu - Punhal com cabeça de cavalo

Um minuto no museu - Prato com falcoeiro à cavalo

Um minuto no museu - Prato com escrita decorativa

Um minuto no museu - Porta-incenso em forma de falcão

Um minuto no museu - Porta-pólvora

Um minuto no museu - Porta de treliça

Um minuto no museu - Painel de azulejos com arabescos

Um minuto no museu - Painel de azulejos " As maravilhas da criação"

Um minuto no museu - O rei Ardashir reconhece seu filho

Um minuto no museu - O banquete real

Um minuto no museu - Lamparina zoomórfica

um minuto no museu - Jarro ou gomil assinado IBN Mawaliya

Um minuto no museu - Globo celeste

Um minuto no museu - Fâhnâmeh - O livro dos presságios

Um minuto no museu - Escudo redondo

Um minuto no museu- Batistério de São Luiz

A galeria de arte de massinha - Van Gogh

A galeria de arte de massinha - Paul Klee

A galeria de arte de massinha - Gauguin

A galeria de arte de massinha - Picasso

A galeria de arte de massinha - Mark Rothko

A galeria de arte de massinha - Marc Chagall

domingo, 13 de março de 2011

A galeria de arte de massinha - Da Vinci

A galeria de arte de massinha - Hokusai

A galeria de arte de massinha - Miró

A galeria de massinha - Henry Rousseau

A galeria de arte de massinha - Henry de Toulouse Lautrec

A galeria de arte de massinha - Henri Matisse

A galeria de arte de massinha - Goya

A galeria de arte de massinha - Ernst L. Kirchner

A galeria de arte de massinhas - Edward Hopper

A galeria de arte de massinhas - Claude Monet

A galeria de arte de massinha - August Macke

A galeria de arte de massinha - Amedeo Modigliani

A galeria de arte de massinha - Alberto Giacometti

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sabiá - Chico Buarque



Chico Buarque – Sabiá

Sabiá (Tom Jobim/Chico Buarque), 1968.

A música foi composta pelo Tom, intitulada, a princípio, Gávea. Recebeu, em seguida, uma maravilhosa letra de Chico, a qual dialoga perfeitamente com a música. Tamanha a qualidade que a canção foi vencedora da fase nacional do III Festival Internacional da Canção.

Sabiá
Chico Buarque/Tom Jobim

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá
Cantar uma sabiá

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De uma palmeira
Que já não há
Colher a flor
Que já não dá
E algum amor
Talvez possa espantar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer

De início, já percebemos uma menção à Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, por causa da referência ao sabiá e à palmeira. No original, se diz, “Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá”. Aqui, entretanto, temos uma construção não só nostálgica, como melancólica.

Primeiramente, a música oscila entre muitas tonalidades. Segundo Lorenzo Mammì, Sabiá é uma “canção sem tonalidade definida, que acaba num lugar diferente daquele de onde começa”¹. A falta de uma referência tonal confere a ausência de um ponto fixo, de uma possibilidade de um encontro, tal qual sugerido pela letra. Se a música começa num ponto e termina em outro, é porque não houve volta, como a letra insistentemente pede.

A canção inicia-se com “Vou voltar / Sei que ainda vou voltar”, estribilho que se repete obsessivamente, reforçando a idéia de uma volta impossível. Note que a cada vez que esses versos são pronunciados, eles parecem mais distantes, devido à harmonia.

A letra segue com “Para o meu lugar / Foi lá e é ainda lá / Que eu hei de ouvir cantar / Uma sabiá / Cantar uma sabiá”. Apenas no “meu lugar” é que se escutou o canto do tal pássaro, e é ainda lá que se vai escutar. Essa repetição revela, no fundo, um sentido vazio para essa relação. Ao longo da música, essa volta não se consolida e parece cada vez mais certo que esse desejo será frustrado.

Na segunda estrofe, de maior complexidade harmônico-melódica, fica evidenciada a impossibilidade de retorno quando os seguintes versos explicitam: “Vou deitar à sombra / De uma palmeira / Que já não há / Colher a flor / Que já não dá”. Há um desencontro temporal: como se deita à sombra de uma árvore que já não existe? Fica evidenciada a ilusão do eu - lírico, o contraste entre o que se almeja e o que se tem de fato.

Na parte mais tensa da música, elevando a melodia à sua nota mais aguda: “E algum amor / Talvez possa espantar / As noites que eu não queria / E anuncia o dia”. Essas noites indesejadas evidentemente são as noites do exílio, as noites em algum lugar desconhecido, distante da sua terra, que contém as tais palmeiras e sabiás. Esse sentimento é expresso em detalhes na última estrofe:

“Não vai ser em vão / Que fiz tantos planos / De me enganar / Como fiz enganos / De me encontrar / Como fiz estradas / De me perder / Fiz de tudo e nada / De te esquecer” esmiúçam o vazio das noites. Sobre uma harmonia repetida e cíclica, as vozes tratam de, em sobreposição, cantar essa letra que não chega a lugar nenhum. São feitos planos inúteis, são feitas estradas para se perder, enganos, enfim.

Há também a ambiguidade dos dois últimos versos. Dizer “tudo e nada” pode realçar a idéia de ter-se de tentado o possível e impossível. No entanto, por conta da preposição “de”, no verso seguinte, pode-se entender que se fez de tudo, mas nada de te esquecer, isto é, não adiantou nada.

O resultado dessa canção é um vazio que permeia todos os versos. Dotado de uma tristeza ímpar na música brasileira, a canção não se refere unicamente ao exílio em si. Enquadra-se bem no quadro dos exilados que passariam a ser mais freqüentes a partir do ano que canção foi composta (1968), mas trata-se, no fim das contas, de uma alienação, segundo a análise já citada de Lorenzo Mammì.

A letra mostra a ilusão de se querer o novo e se manter o velho. Mostra que, quando se toma um caminho, nem sempre se consegue voltar. Mammì ousa dizer que Sabiá, junto com outras duas canções de parceria entre Tom e Chico (Pois é e Retrato em Branco e Preto), liquida a bossa nova e a sua época, pois rompe com a idéia de um desenvolvimento econômico, coerente com a idéia da ditadura militar vigente, conciliando com o clima praiano bossa-novista. O peso desse distanciamento, dessa nostalgia, poderia ter sido o cimento para essa bela canção.

¹ Parte dessa interpretação foi inspirada na análise de Lorenzo Mammì, intitulada “Canção do Exílio”, publicada no livro “Três canções de Tom Jobim”, CosacNaify, 2004.

26 / setembro / 2010 por Adriano Senkevics-

letrasdespidas.wordpress.com

Valsinha - Chico Buarque



VALSINHA

De: Vinícius – Chico Buarque

Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar

Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar

E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar

E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar

Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar

Com seu vestido decotado, cheirando a guardado de tanto esperar

Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se ousava dar

E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar

E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou

E foi tanto felicidade que toda cidade se iluminou

E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouviam mais

Que o mundo compreendeu

E o dia amanheceu

Em paz

Memória discursiva.

Valsinha, uma canção de Chico Buarque de Holanda dedicada a um movimento social dos anos 70 denominado hippie, pregava a liberdade de ação do indivíduo. Essa prática levava as pessoas a agirem livremente e sem preconceito no período de repressão do Governo Militar.

Normalmente, seus seguidores viviam em grupos, preconizavam o amor, aboliam a discriminação racial e faziam sexo livremente, isento de condenação. A alusão que Chico faz ao movimento é figurada na performance de um casal que, “um dia“, muda a sua conduta e toma outro rumo na vida. A homenagem a esse evento de vanguarda retrata metaforicamente o lirismo vivido por seus integrantes como artifício para fugir da censura política.


Metáforas

A canção é inteiramente metaforizada. Algumas metáforas mais
expressivas podem ser destacadas facilmente na canção.

Metáfora Sentido semântico
Vestido decotado - Camisola.
Cheio de ternura- Cheio de desejos, volúpia.
Foram para a praça- Foram para a cama.
Só num canto -Abandonada.
Pra rodar- Fazer amor.
Cheirando a guardado- Engavetado.
Dançaram tanta dança- Fizeram muito sexo – Jogo do amor.
O mundo compreendeu- A felicidade é transparente.

www.mundocultural.com.br

Mulheres de Atenas - Chico Buarque



Mulheres de Atenas

Composição: Chico Buarque / Augusto Boal

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas:
Vivem pros seus maridos,
Orgulho e raça de Atenas.

Quando amadas, se perfumam,
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas.
Quando fustigadas não choram!
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas; cadenas.

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas:
Sofrem pros seus maridos,
Poder e força de Atenas.

Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados;
Mil quarentenas.
E quando eles voltam, sedentos,
Querem arrancar, violentos,
Carícias plenas, obscenas.

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas:
Despem-se pros maridos,
Bravos guerreiros de Atenas.

Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas,
Mas no fim da noite, aos pedaços,
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas.

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas:
Geram pros seus maridos,
Os novos filhos de Atenas.

Elas não têm gosto ou vontade,
Nem defeito, nem qualidade;
Têm medo apenas.
Não tem sonhos, só tem presságios.
O seu homem, mares, naufrágios...
Lindas sirenas, morenas.

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas:
Temem por seus maridos,
Heróis e amantes de Atenas.

As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas,
Não fazem cenas.
Vestem-se de negro, se encolhem,
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas;
Serenas.

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas:
Secam por seus maridos,
Orgulho e raça de Atenas.

Memória discursiva.

“Mulheres de Atenas” faz referência a aspectos da sociedade ateniense do período clássico e a alguns episódios e personagens da mitologia grega. A letra faz uma alusão aos famosos poemas épicos Ilíada e Odisséia, ambos atribuídos a Homero. Penélope, mulher de Ulisses, herói do poema Odisséia, viu seu marido ficar longe de casa por vinte anos, período em que ela se porta com dignidade e absoluta fidelidade; mas, por um lado, sua formosura, e, por outro, os bens familiares atraem a cobiça de pretendentes, que julgavam seu marido morto. Ela lhes dizia que só escolheria o futuro marido após tecer uma mortalha, que, a bem da verdade, não fazia questão de terminar: passava o dia tecendo e, à noite às escondidas, desmanchava o trabalho realizado. E enquanto seu marido se mantinha ausente, embora por tanto tempo sem notícia, ela se vestia de longo, tecia longos bordados, ajoelhava-se, pedia e implorava para a deusa Atena que providenciasse o retorno de seu amado. Helena, filha de Zeus, era considerada a mulher mais bela do mundo. Sua história é uma das mais conhecidas na mitologia grega. Esposa de Menelau, rei de Esparta, foi seduzida e raptada por Páris, filho do rei de Tróia. Esse rapto deu origem à guerra de Tróia, que os gregos promoveram para resgatar Helena; fato narrado em Ilíada de Homero. Embora Ulisses não figurasse no primeiro plano da Ilíada, nela é freqüentemente mencionado, como um viajante conduzido à terras distantes e herói da batalha de tróia. Por essa escolha Homero, o poeta, relaciona as duas epopéias. A esposa de Ulisses, a prudente Penélope, opõe-se à esposa infiel – senão verdadeiramente culpada – Helena, que na Ilíada é causa inicial da guerra. Por essas e outras razões a Odisséia está intimamente ligada à Ilíada.

Assim, como uma referência histórica de um momento da humanidade que data de 5 séculos antes de Cristo, os autores de “Mulheres de Atenas” valem-se da ideologia de Odisséia para chamar a atenção das mulheres que ainda “vivem” e “secam” por seus maridos ao estilo ateniense. Após a narrativa da morte dos pretendentes de Penélope, o rei Agamêmnon, filho de Atreu, lamenta profundamente a morte dos que lhes eram caros e faz a seguinte referência à esposa de Ulisses, descrita em Odisséia, de Homero, na Rapsódia XXIV, p. 216, Abril Editora, edição de 1981:

“A alma do filho de Atreu exclamou: ‘Ditoso filho de Laertes, industrioso Ulisses, grande era o mérito da que tomaste por esposa. Nobres os sentimentos da irrepreensível Penélope, filha de Icário, que soube manter-se sempre fiel a seu esposo Ulisses! Por isso, jamais perecerá a fama de sua virtude, e os Imortais inspirarão aos homens belos cantos em louvor da prudência de Penélope’”.

Os autores também realizam um apurado trabalho com a linguagem, no que se refere tanto à construção das frases quanto à seleção e ao emprego das palavras. Para obtermos uma melhor compreensão desse texto, necessariamente teremos de percorrer os caminhos da história, da mitologia, e reconhecer o diálogo aberto com outros textos, contido em “Mulheres de Atenas”.

Entretanto, não é nosso ofício nos deter extensivamente com a história que envolvia a sociedade ateniense na época de Odisséia. Por essa razão, e colaborando com o trabalho de estabelecer essas pontes, antes do desenvolvimento de nossa análise, de forma sucinta, apresentamos um trecho escrito pelo historiador Edward MacNall Burns sobre o comportamento das mulheres de Atenas dos séculos V e IV a.C.:

“Embora o casamento continuasse a ser uma instituição importante para a procriação dos filhos, que se tornariam os cidadãos do Estado, há razão para se crer que a vida familiar tivesse declinado. Ao menos os homens de classes mais prósperas passavam a maior parte do tempo longe de suas famílias. As esposas, relegadas à uma posição inferior, deviam permanecer reclusas em casa. O lugar de companheiras sociais e intelectuais dos maridos foi ocupado por mulheres estranhas, as famosas heteras1, algumas das quais eram naturais das cidades jônicas e demonstravam grande cultura. Os homens casavam para assegurar legitimidade ao menos a alguns de seus filhos e para adquirir prosperidade por meio do dote. Era também necessário, naturalmente, ter alguém para tomar conta da casa”.

É comum, ainda nos dias de hoje, leitores menos avisados considerarem essa música como uma apologia à submissão e à subserviência feminina ao machismo brasileiro, a exemplo das mulheres da Grécia antiga. Aliás, isso aconteceu com muitas mulheres que se diziam feministas, algumas leitoras vacilantes e obtusas, que criticaram os autores porque julgaram a música “machista” – segundo elas, a letra da música sugeria que as mulheres de hoje tivessem o mesmo comportamento das mulheres da antiga Atenas. Não conseguiram perceber a inteligente ironia do texto... Onde se lê “Mirem-se...” sugere-se que se faça o contrário; dessa forma, o texto é um hino contra a submissão das mulheres que se sujeitam às regras ditadas pelas sociedades patriarcais. O próprio Chico Buarque, em uma entrevista à televisão Cultura, ao ser indagado sobre o pensamento das feministas da época, disse: “Elas não entenderam muito bem. Eu disse: mirem-se no exemplo daquelas mulheres que vocês vão ver o que vai dar. A coisa é exatamente ao contrário”.


www.mundocultural.com.br

quinta-feira, 3 de março de 2011

Sandálias Ipanema - Gisele Bundchen

Y Ikatu Xingu- Gisele Bundchen



‘Y Ikatu Xingu – Salve a água boa do Xingu, na língua Kamaiurá

A Campanha Y Ikatu Xingu surgiu em 2004 para atuar na recuperação e proteção das nascentes e cabeceiras do Rio Xingu. Estima-se que já foram desmatados quase seis milhões de hectares de vegetação nativa na Bacia do Rio Xingu em Mato Grosso, o que significa que aproximadamente 33% da cobertura vegetal original já foi suprimida no estado.

www.ykatuxingu.org.br/

Um índio - Caetano Veloso



Um Índio

Caetano Veloso

Composição: Caetano Veloso

Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante

Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias

Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico

Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito

(Refrão)

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio

“Um índio”, traz à baila novamente a ideia dum índio idealizado. Desta vez, o herói descerá do céu e surpreenderá a humanidade. Na letra da música, encontramos referência a Peri, personagem de O Guarani, obra de Alencar. As estrofes três e quatro atribuem inúmeras qualidades ao índio, dado que invoca a impavidez do famoso pugilista Muhammed Ali e a infabilidade do lutador/ator chinês Bruce Lee.

Para findar, é importante dizer que a letra de “Um índio” dialoga muito bem com as obras românticas oitocentistas.


letras.terra.com.br /www.literaturaemfoco.com

Terra Vermelha - trailer



Apesar de suas tradições serem muitas vezes atropeladas pela civilização, os índios Guarani-Kaiowás, do Mato Grosso do Sul, ainda tentam manter algumas delas, seja pelo respeito aos seus antepassados, ou mesmo para simular uma vida selvagem para o "homem branco", que paga para ver o desconhecido. Confinados em reservas, esses índios não têm muito do que precisam para sobreviver, como amplas áreas para a caça e o contato com a terra onde estão enterrados estes ancestrais.

Quando os jovens Osvaldo e Irineu saem para tentar caçar algum animal, deparam-se com uma cena que está se tornando comum nas tribos, duas adolescentes que acabaram de cometer suicídio. A constante atração da cultura branca faz com que muitos jovens da aldeia se sintam vazios e decidam se matar, tomados por um espírito ruim que ronda a reserva. Cansado de ver sua tribo diminuir, o líder Nadio decide abandonar o local para ocupar a região originalmente deles.

Neste mesmo momento, Osvaldo começa a sua preparação para se tornar um xamã, já que ele tem em seus sonhos visões do futuro. Ao mesmo tempo em que os índios se mudam para os limites da fazenda de Moreira (Leonardo de Medeiros), o jovem aprende a conversar com Nhanderu, seu deus. Nadio quer entrar na terras, onde estão enterrados os corpos dos ancestrais, Moreira tenta usar a lei para impedir, Osvaldo precisa se concentrar para virar um xamã e Maria, filha do fazendeiro, tenta uma maneira de desviar as atenções do jovem profeta, para atrai-lo. A cada momento, o conflito entre brancos e índios parece mais iminente.

Terra Vermelha é uma co-produção Brasil-Itália, escrita e dirigida por Marco Bechis, de Garage Olimpo. O cineasta italiano pensava num filme sobre uma tribo isolada, mas, durante as pesquisas, descobriu sobre os casos constantes de suicídio entre os Guarani-Kaiowás. Na busca por atores que pudessem interpretar com realidade esses papéis, ele teve a idéia de usar os próprios índios, que nunca haviam trabalhado com isso. O roteiro é do brasileiro Luiz Bolognesi, de Bicho de Sete Cabeças.


www.guiadasemana.com.br

Baby Consuelo - Curumim chama cunhatã que eu vou contar



Curumim chama cunhatã que eu vou contar

Baby do Brasil

Composição: Jorge Ben

Curumim é uma palavra de origem tupi, e designa, de modo geral, as crianças.

Cunhatã é uma palavra de origem tupi, que significa moça jovem.
(Dicionário - Houaiss)

Curumim,chama Cunhatã
Que eu vou contar

Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Curumim,Cunhatã
Cunhatã,Curumim

Antes que o homem aqui chegasse
Às Terras Brasileiras
Eram habitadas e amadas
Por mais de 3 milhões de índios
Proprietários felizes
Da Terra Brasilis

Pois todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Mas agora eles só tem
O dia 19 de Abril

Mas agora eles só tem
O dia 19 de Abril

Amantes da natureza
Eles são incapazes
Com certeza
De maltratar uma fêmea
Ou de poluir o rio e o mar

Preservando o equilíbrio ecológico
Da terra,fauna e flora

Pois em sua glória,o índio
É o exemplo puro e perfeito
Próximo da harmonia
Da fraternidade e da alegria

Da alegria de viver!
Da alegria de viver!

E no entanto,hoje
O seu canto triste
É o lamento de uma raça que já foi muito feliz
Pois antigamente

Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Curumim,Cunhatã
Cunhatã,Curumim

Terêrê,oh yeah!
Terêreê,oh!

Cerâmica Marajoara

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